sábado, 23 de julho de 2011

FLORES AO VENTO - UMA POESIA QUE INVENTEI RELEMBRANDO AS CEREJEIRAS DO ESPÍRITO SANTO, EM OUTUBRO DE 1992.

FLORES AO VENTO
Elas estavam ali, naquele lugar tão florido! Suas pétalas macias, perfumadas e aveludadas, pareciam bailarinas ao vento, passeando diante do palco de minhas retinas cansadas!
Flores tênues, rosadas, delicadas! Queriam o meu olhar poeta, minha palavra sonorizando a melodia do amanhecer, pediam o assobio do vento, o arrulhar dos pássaros sem nomes, a sinfonia das cascatas pelos caminhos da estrada que leva às serras de Morro Vilante, Afonso Cláudio e Pedra Azul, no Espírito Santo. Elas estavam abraçadas às lindas e avermelhadas cerejas, quase maduras, onde os pássaros se banqueteavam e faziam algazarras.
Flores de cerejeiras, jamais pensei em ver um dia, até que em 1992 subindo e descendo serras do Espírito Santo, encontrei-as, lindamente ornamentando a festa da cerejeira em flor, como se fosse no Japão, onde o espécime é abundante.
Mas, com toda certeza, essas flores ali estavam para me beneficiar com sua beleza e exata coloração de véus de noivas. Cheirei-as competindo com as saltitantes abelhinhas, sentindo os aromas sutis, um leve halo simbolizando a pureza do instante!
Eram Flores ao Vento que a poesia canta, nesta ensolarada manhã de sábado, quando mais tarde, essas pétalas rosadas vão colorir e abençoar o meu encontro com Renato José - o lírio de minha vida.
Deus, como sou feliz!

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